Um breve resumo…
O IRC vai baixar para as PME, aumentando o limite de 15.000€ para 25.000€ para a taxa mínima de 17%, ao mesmo tempo que serão criados regimes de benefícios fiscais e de incentivo à internacionalização e criação de emprego no interior.
Por outro lado, há várias medidas que agravam os impostos sobre o imobiliário.
Os imóveis em centros históricos vão perder a isenção de IMI, enquanto os terrenos com licença de construção abandonados verão este imposto agravado e as transações acima de um milhão de euros vão pagar mais IMT.
O Governo prepara-se ainda para tributar de forma mais agravada os rendimentos provenientes de imóveis localizados em áreas de contenção e que estejam dedicados à atividade de alojamento local.
Os escalões de IRS vão ser atualizados, ao contrário do que aconteceu no ano anterior, mas apenas em 0,3%, o que fica abaixo da inflação prevista para o próximo ano, implicando uma perda de poder de compra. Quem tiver aumentos superiores àquela variação será penalizado.
Há medidas de apoio à natalidade, como o aumento das deduções em IRS para o segundo filho, mas a medida mais emblemática é a isenção no IRS até 30% para jovens que comecem a trabalhar.
O Orçamento traz também novas taxas e o aumento de muitas outras com o mesmo indicador da inflação usado para a atualização das tabelas de IRS ou os salários da função pública. A carga fiscal, que inclui impostos e contribuições sociais, vai subir para os 35%.
Entre as várias mexidas está o aumento do IVA das touradas para 23%, o agravamento do imposto sobre o tabaco aquecido, uma taxa do plástico para embalagens de uso único (“take away” e entregas ao domicílio), ou um novo agravamento do imposto do selo no crédito ao consumo.
Na vertente ambiental poderá haver incentivos fiscais para o autoconsumo e um agravamento da tributação para centrais a gás natural. Há ainda mais dinheiro para o programa de desconto nos passes sociais.